Vinhos : Adega Climatizada. Vale a pena ter uma?


Adega climatizada em casa é meu sonho de consumo. Pequena, para  6 ou 12 garrafas.
Quem sabe esse ano Papai Noel não capricha no presente né? (Vou trabalhar bastante para isso!)

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Até um passado recente, uma adega climatizada era artigo raro nas residências paulistanas. Na última década, esse equipamento se tornou um objeto de desejo, em particular entre o público masculino. Para atender à demanda crescente, somaram-se a fabricantes tradicionais como a Art des Caves cerca de vinte outras empresas, entre elas as multinacionais LG, com sede na Coreia do Sul, e a Electrolux, da Suécia. Criada em 2005, a brasileira Tocave estreou vendendo 6 000 unidades de diferentes modelos. No ano passado, registrou um aumento de 400%, saltando para 30 000 peças.
A tentação de ter uma adega pode ser grande, mas Ricardo Castilho, jornalista especializado em vinhos e diretor de redação da revista Prazeres da Mesa, desaconselha a compra por pequenos consumidores. “Só vale a pena ter uma em casa quando se abrem pelo menos doze garrafas por mês”, explica. “Do contrário, não compensa o investimento. O ideal é começar com uma de quarenta garrafas.”
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Para os fãs incondicionais da bebida que não dispõem de muito espaço, foram colocados no mercado pequenos modelos com capacidade para apenas seis ou oito unidades. Mesmo nesses casos, o especialista lembra que ali devem ser mantidos os rótulos de melhor qualidade. “Criou-se um mito de que o vinho estraga se não for climatizado”, diz Castilho. Fora da adega, a bebida envelhece ou evolui mais rápido, como costumam dizer os entendidos no assunto. Quem não tem o equipamento não precisa se desesperar. As garrafas podem ser acondicionadas em ambiente escuro e protegido da luz, no qual não haja grandes oscilações de temperatura. Um lugar a ser evitado é a cozinha, o cômodo mais quente da casa por causa do fogão. Embora o vinho fique refrigerado na adega, ela não é uma geladeira. Entre as características do equipamento estão a manutenção da temperatura constante em torno de 15 a 17 graus e a ausência de trepidação. São particularidades que dão longevidade ao vinho, incapaz de resistir a muita movimentação.


Enófilo de carteirinha, o empresário Valdemar Iódice, que aprendeu a tomar pequenas doses de vinho ainda na infância, tem uma bela adega de madeira para 100 garrafas enfeitando a sala de sua cobertura em Pinheiros. Nesse equipamento entram apenas exemplares caríssimos como o Petrus 1975, o Château La Gaffelière 1989, o Château La Mission Haut-Brion 1993 e o Château Mouton- Rothschild 1983. “São tesouros que guardo para grandes datas”, conta Iódice. “Devo abrir um deles no nascimento do meu primeiro neto.” No dia a dia, ele prefere rótulos mais simples, como o argentino Terrazas Malbec, encontrado em supermercados. Sabiamente, mantém essas garrafas numa saleta embaixo de uma escada. “Assim, ficam protegidas da luz e do calor.”

Beijo da Gu

Arquivo Pessoal/www.vejasp.abril.com.br por Arnaldo Lorençato, Giovana Romani e Helena Galante

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