Desafio viral dos 10 anos antes/depois pode ser uma armadilha para roubar seus dados?


Sempre digo que nada acontece ou surge por acaso na Internet.
Como estou sempre sempre conectada, fico sempre alerta.
Em Redes Sociais, sempre há um App que te "convence" a brincar, jogar, mudar a make, escolher profissões-não os uso, pois ao preencher a permissão do App, lá ficam meus dados.
A Moda agora é o tal 10 ANOS DEPOIS.
(Aliás muitas pessoas me perguntaram se eu não iria fazer o meu.)
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Ninguém sabe ao certo de onde surgiu a mais nova explosão viral da internet.
Sabe-se apenas que tudo começou a ganhar força através da hashtag #10YearChallenge, mas o autor é desconhecido.

Acusado de ter sido o lançador da nova tendência para treinar seu moderno sistema de reconhecimento facial, o Facebook já esclareceu oficialmente que não foi o responsável pela origem do desafio e também afirmou que não usará as fotos publicadas pelos usuários, tanto no Facebook, bem como no Instagram. Além disso, a empresa disse que qualquer pessoa pode desativar o reconhecimento facial em seus perfis – dando liberdade para os usuários tomarem esta decisão.

Em abril do ano passado, o Facebook lançou uma ferramenta de verificação e filtragem de posts, detectando e reduzindo o bullying dentro da plataforma social. Uma das formas como o sistema age é “desafiando” o algoritmo a aprimorar formas de reconhecer insultos e discursos de ódio. Isso é feito, por exemplo, usando fotos do Instagram com hashtags com gatos, cães e paisagens.

Onde mora o perigo?

Muitas empresas, de tecnologia e publicidade, utilizam programas de reconhecimento facial para entender como as pessoas podem ser impactadas com anúncios e publicações, de acordo com seus rostos – que pode não parecer, mas revelam inúmeras informações sobre você, especialmente quando estas empresas tem uma foto comparando o “você de 10 anos atrás” com suas atuais características. Isso é mais valioso do que você pensa!

O reconhecimento facial é usado até mesmo pelo governo chinês. O país trabalha ativamente em sistemas utilizados em câmeras que são instaladas em locais públicos e conseguem reconhecer pessoas através de um banco de dados.

Dados roubados anteriormente

Recordando: o escândalo da Cambridge Analytica conseguiu ter acesso a dados de mais de 50 milhões de pessoas, e estes mesmos dados foram usados intencionalmente para direcionar conteúdos políticos para pessoas que, de acordo com seus dados, aceitariam aquelas publicações, durante a campanha do Brexit – a saída da Grã-Bretanha da União Europeia – e nas últimas eleições para presidente dos EUA.

A forma de coletar as informações era muito sutil, indo desde os likes que você dava em uma foto ou publicação, até os amigos que você tinha em seu perfil, tudo isso analisado e transformado em uma teia de conexões que permitiam entender melhor os usuários e seus gostos – oferecendo exatamente o que eles queriam.

O cenário atual

Neste momento, o nível de invasão da privacidade é um fator altamente discutível e devemos tomar atenção redobrada com as novas “modinhas” on-line que são difíceis de entender de onde surgem e qual a finalidade. Muitas vezes, algo com aparência “inocente” pode esconder um plano de captura de dados muito bem arquitetado – e milhões de usuários das redes sociais seguem a “nova tendência” sem questionar.

“Eu há 10 anos: provavelmente brincaria com o meme da idade da foto. Hoje, pondero como esses dados poderiam ser extraídos para treinar algoritmos de reconhecimento facial no reconhecimento e na progressão da idade”, disse Kate O’Neill, colaboradora da famosa revista internacional de tecnologia Wired. Apesar da enorme repercussão de sua declaração, ela afirma que não quis dizer nas entrelinhas que o desafio é uma armadilha.

“Se houvesse uma declaração explícita da coleta de dados, as pessoas poderiam participar com a consciência tranquila”, escreveu ela. O grande problema neste caso, é justamente a não autorização da coleta de dados, e por isso os especialistas em tecnologia sempre ficam desconfiados com as novas brincadeiras on-line.

Ainda de acordo com a revista Wired, em uma entrevista dada por Rodrigo Helcer, CEO da plataforma Stilingue, é completamente possível aprimorar um algoritmo de reconhecimento facial para usar as imagens da febre #10YearChallenge. Hoje, um simples meme ou uma brincadeira viral nas redes, pode ser uma bela isca para fisgar informações sobre sua vida, comportamento e gostos, que valem dezenas de milhões no mercado publicitário e de marketing!

[ Fontes: Wired / Meio e Mensagem / JN ] [ Foto de Capa: Medium / Squareboat]

Fique esperto.
Não seja influenciado por modismos.
Segurança virtual SEMPRE!
Beijo da Gu





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