terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Taça de vidro ou cristal? Entenda a diferença entre elas


Você sabe a diferença entre vidro e cristal? As vantagens de cada uma dessas taças?
Com certeza já ouviu alguém falando que o gosto de certas bebidas muda quando são ingeridas em copos de vidro ou plástico, não é mesmo?
Embora pareça preciosismo, de fato, beber água, cerveja e principalmente vinho em recipientes apropriados pode fazer toda a diferença. Isso acontece, também, com as taças de vinho: a escolha correta pode intensificar o paladar de quem aprecia a bebida.

Os cristais, mesmo que sejam visualmente parecidos com o vidro convencional, possuem características que permitem melhor visualização do vinho, como o brilho e a transparência. Por conta disso, na taça de cristal, as lágrimas (filetes de vinho que escorrem pela parede interna) são mais visíveis, permitindo apreciar melhor a cor e os aromas que a bebida exala.

Outro aspecto que destaca bem a qualidade do material cristalino é a sua borda, mais fina que o vidro e com maior resistência. Isso acontece porque há chumbo entre os componentes de fabricação. Essa peculiaridade proporciona sonoridade e rigidez, duas características importantes na valorização do produto.

Afinal, o que a taça de cristal tem de diferente?
Embora não pareça, essa particularidade traz leveza para o vinho e faz com que seu sabor se intensifique. Nesse caso, a proporção ingerida é mais equilibrada, ou seja, os pequenos goles podem permitir uma melhor apreciação da bebida. Além disso, na taça fina, os aromas são direcionados com mais facilidade para o nariz, dando um toque especial na experiência.

Outra característica peculiar das taças de cristal é que elas possuem textura porosa, por isso, todo cuidado é pouco na hora da lavagem. A dica é simples: apenas água quente e um pano macio para finalizar. Não é recomendado lavar com sabão e detergente, pois os produtos podem ser facilmente absorvidos pela taça, e isso faz com que o sabor da bebida se altere.
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Evite utilizar taças de vidro na degustação de vinhos
Entre os componentes de fabricação das taças de vidro estão apenas areia, sódio, cálcio e alumínio. A ausência de chumbo, diferentemente da de cristal, faz com que o produto final não seja tão brilhante e delicado.

Ao contrário das taças de cristal, as de vidros são mais grossas, pesadas e possuem paredes muito lisas, impedindo a aderência do vinho. Por serem feitas com materiais mais simples, elas não proporcionam uma degustação às alturas da cristalina. Nos copos de vidro, por exemplo, é comum que os vinhos não se abram, ou seja, fiquem mais tímidos e escondam as características marcantes.
Apesar disso não tirar o verdadeiro sabor de uma safra especial, procure apostar, ainda assim, em taças que ressaltem os aromas característicos do seu rótulo predileto para lhe proporcionarem degustações únicas.

O que você acha de fazer um teste agora mesmo para te ajudar a escolher a sua taça preferida? Selecione quatro tipos de recipientes, como copo de vidro, plástico, taça de cristal e de vidro. Agora, experimente o vinho em cada um deles e procure identificar a diferença. Não se esqueça de reservar um copo com água, em temperatura ambiente, para limpar o paladar entre um gole e outro. Boa degustação!
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Agora que você já sabe quais são as taças ideais para apreciar um bom vinho, compartilhe conosco as suas experiências! Não se esqueça de ler as outras matérias sobre a bebida dos deuses.

Você usa vidro ou cristal? Vai mudar sua taça depois disso? 

Beijo da Gu 

www.blog.artdescaves.com.br / Rafaela Vidigal

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

12 Filmes Imperdíveis sobre o "Envelhecimento".


Antes de mais nada, não gosto da palavra envelhecimento. Sei que o passar dos anos é inevitável, envelhecer é opcional.
Já escrevi sobre isso aqui no Blog 
MAS como achei essa lista do G1 bem bacana, compartilho aqui com vocês.
Os títulos em negrito são os que assisti.
Comédias e dramas que tratam dos desafios que a velhice traz, mas também mostram como apreciar a vida até o fim 

Por Mariza Tavares — Rio de Janeiro - G1 

Não sou muito de listas, mas como janeiro é um mês de férias, decidi fazer uma sobre filmes que abordam o envelhecimento. São bem diferentes entre si: vão de comédias a dramas densos, mas todos tratam dos desafios que a velhice traz. Há caminhos de todo tipo – não apenas para encarar as adversidades, mas também para apreciar a vida até o fim. Resolvi pôr em ordem alfabética, porque não consigo me decidir sobre o meu favorito. Como toda lista, tem suas idiossincrasias, mas certamente será enriquecida com as opiniões e observações de todos 

1) 45 anos (2015) – a poucos dias de festejar os 45 anos de casamento, Kate e Geoff, interpretados magistralmente por Charlotte Rampling e Tom Courtenay, recebem uma notícia que vai virar a pacata rotina do casal de cabeça para baixo: foi descoberto o corpo de uma antiga namorada dele, que havia desaparecido nas montanhas geladas dos Alpes suíços. De uma hora para outra, desaparecem a aparente tranquilidade e todas as certezas sobre as quais aquela relação estava assentada – e está criado o confronto entre os personagens. 

2) Amor (2013) – o drama de Michael Haneke, que levou a Palma de Ouro e o Oscar de melhor filme estrangeiro, é barra pesada, para os fortes de coração. Mostra como a vida de um casal sofisticado e educado, ambos professores de música aposentados, é repentinamente destruída quando Anne (Emanuelle Riva) sofre um derrame. Sempre a seu lado estará o também frágil Georges (Jean-Louis Trintignant). 

3) As invasões bárbaras (2003) – continuação do também genial “O declínio do império americano”, o filme vai encontrar os mesmos amigos da primeira produção, que é de 1986, reunidos e envelhecidos. O diretor Denys Arcand usa humor, cinismo e emoção para mostrar o que sobrou do idealismo do grupo, tendo como fio condutor o professor de História Remy (Remy Girard), que enfrenta um câncer incurável e quer ter a última palavra sobre o fim da sua vida. 

4) Cocoon (1985) – esse entrou na lista mais como um voto afetivo, e nem tanto pelas qualidades cinematográficas. O filme de Ron Howard trata da fonte da eterna juventude: extraterrestres vêm à Terra recuperar casulos com seres da sua espécie que foram deixados para trás numa viagem anterior. Os casulos (os tais cocoons) são armazenados na piscina de uma casa alugada pelos ETs. Três idosos de um asilo começam a frequentar a piscina às escondidas e se beneficiam de seus poderes, mas terão que optar sobre o que fazer com suas vidas: vale a pena deter o envelhecimento mas assistir à decrepitude dos entes queridos? 

5) Gran Torino (2008) – não basta ser protagonizado por Clint Eastwood, é dirigido por ele, que se mantém ativo aos 87 anos. Walt Kowalski, veterano da Guerra da Coreia, poderia um típico eleitor de Donald Trump, alimentando desprezo pelos estrangeiros que vivem na vizinhança. No entanto, uma improvável amizade nasce entre ele e o adolescente asiático que é obrigado por uma gangue a roubar seu carro. 

6) Juventude (2015) – Do mesmo diretor de "A grande beleza", Paolo Sorrentino, o filme apresenta dois amigos, interpretados por Michael Caine e Harvey Keitel, em situações opostas. Fred Ballinger (Caine) é um compositor e maestro que não pretende voltar aos palcos, apesar de receber um convite da rainha da Inglaterra para se apresentar numa data comemorativa. Mick Boyle (Keitel) é um cineasta rodeado de jovens roteiristas que quer realizar uma última grande obra e parece esbanjar vitalidade. Num hotel de luxo e rodeados de personagens exóticos, eles fazem um balanço de suas vidas. 

7) Longe dela (2006) – o que você faria se seu grande amor não o reconhecesse mais e se apaixonasse por outra pessoa? Essa é a trama do filme protagonizado por Julie Christie e Gordon Pinsent, no qual ela interpreta uma mulher que sofre de Alzheimer. A história é baseada num conto da escritora Alice Munro, que assinou o roteiro com a diretora, Sarah Polley. 

8) Morangos silvestres (1957) – o diretor Ingmar Bergman conta a história do médico Isak Borg que, prestes a ser homenageado pelos 50 anos de carreira, relembra os principais acontecimentos de sua vida enquanto reflete sobre a proximidade da morte. Porque se trata de Bergman, essa jornada interior do personagem é um mergulho existencial, o balanço que todos que envelhecemos tentamos (ou tememos) fazer. 


9) O amor não tem fim (2011) – tenho um carinho especial por este. Dirigido por Julie Gavras, filha do também cineasta Costa-Gavras, o filme (cujo título original é “Late bloomers”) traz uma dupla imbatível: Isabella Rossellini e William Hurt. Os dois são recém-chegados à casa dos 60. Ela assume a idade e toma as devidas providências para adaptar a casa, instalando inclusive barras de segurança no banheiro. Ele, ao contrário, rejeita qualquer possibilidade de declínio. Arquiteto, abraça um projeto arrojado e se cerca de jovens profissionais, afastando-se da mulher. 

10) O curioso caso de Benjamin Button (2008) – baseado no conto de Scott Fitzgerald e dirigido por David Fincher, essa é uma obra-prima sobre o tempo. O personagem de Brad Pitt nasce com a aparência e as enfermidades de um ancião e vai ficando jovem com o passar dos anos. O grande amor de sua vida vai se materializar décadas depois de ele conhecer a pequena Daisy (Cate Blanchett), quando ambos estão no auge do vigor de suas vidas. No entanto, o progressivo rejuvenescimento de Benjamin determinará o fim da relação do casal. 

11) O exótico hotel Marigold (2011) – a produção fez tanto sucesso que teve uma continuação. Aposentados britânicos são seduzidos pela possibilidade de pagar pouco e viver num hotel indiano deslumbrante. A realidade não é bem assim e o elenco estrelado (Judi Dench, Maggie Smith, Bill Nighy e Dev Patel, entre outros) é um dos pontos fortes, mas o segredo do filme é a forma como apresenta as inúmeras alternativas que vida traz. Sabemos que temos um tempo finito, mas de duração indefinida – enquanto isso, por que não aproveitar? 

12) Uma história real (1999) – de uma simplicidade arrebatadora, o filme de David Lynch conta a história de um idoso que, ao saber que o irmão com quem brigou e não fala há anos está doente, decide ir ao encontro dele para fazer as pazes. Sem carteira de motorista, viaja 500 quilômetros em cima de um cortador de grama, margeando as estradas do interior dos Estados Unidos. A trilha sonora, de Angelo Badalamenti, também é linda e, a propósito, a história é verdadeira. 

Quais filmes você acha que devam entrar na lista acima? 

Beijo da Gu