Melhor Vinho Doce do Mundo. Segundo especialista no assunto!

Por gostar (e muito) de vinhos , as pessoas imaginam que sou Expert no assunto. Que nada.
Meu vinho favorito é o que cabe no meu orçamento, não me dá dor de cabeça no dia seguinte e que permite viver bons momentos.
MAS sempre pesquiso, experimento, procuro saber ao máximo sobre a bebida dos deuses.
Uma amiga me perguntou:
- Gu, qual o melhor Vinho Doce do Mundo? ( ela só bebe vinho suave porque é doce 💙)
Fui pesquisar para poder responder.
Sempre leio as publicações de 
Marcelo Copello que é um dos principais formadores de opinião da indústria do vinho no Brasil, com expressiva carreira internacional.Curador do RIO WINE AND FOOD FESTIVAL, e Publisher do Anuário Vinhos do Brasil, colaborador de diversos veículos de imprensa, colunista da revista Veja Rio online.

Segundo ele Château d’Yquem. ( mesmo não sendo o vencedor)
 Ele diz : -Em uma prova particular, pela qual agradeço infinitamente a quem me proporcionou e comigo compartilhou estas garrafas especiais, atestei que nem sempre o Yquem vence. Foram reunidas 3 garrafas de vinho monumentais, da excelente e quarentona safra de 1976. A prova foi às cegas, embora não fosse difícil saber quem é quem, ou quem é Yquem. Vejamos o surpreendente resultado:



Mas as verdades no vinho não são sagradas. São dinâmicas, mutáveis, flexíveis e cheias de nuanças e exceções.


3o lugar

Château d’Yquem 1976, Bordeaux-França

Elaborado com 80% Sémillon and 20% Sauvignon Blanc. De cor dourada, quase tangerina, com reflexos âmbar. Exuberante no nariz, complexo, com aromas típicos da botrytis (verniz, glicerina), mel , laranja, caramelo, damasco seco, nozes. No paladar parece mais maduro e evoluído que no nariz, mostrando notas de frutas maduras, tropicais, com paladar doce, longo, com a finesse e equilíbrio típicos do Yquem,

Nota: 95 pontos


2o lugar

Tokaji Aszu Essencia 1976, Monimpex, Tokaji-Hegyalja, Hungria

Feito somente nos melhores anos, com uvas 100% Aszu atacadas pelo fungo Botrytis, colhidas uma a uma à mão. O mosto chega a 390 gramas por litro de açúcar e o vinho a 160. O vinho amadurece 10 anos em tonéis. De cor marrom


Cor marrom. Aroma perfumado com notas de flores secas, melaço, amêndoas, geléia de laranja, sultanas, chocolate branco. Paladar extremamente doce, 13,5% de álcool (alto para um Essencia), acidez, moderada, profundo, com camadas de sabores, extremamente longo, encanta peça concentração e por sua persistência infinita

Nota: 95 pontos



 

1o lugar

Wallufer Walkenberg Spätburgunder Trockenbeerenauslese 1976, J.B. Becker, Rheingau-Alemanha

Este nome complicado requer legenda.

Wallufer Walkenberg = nome do vinhedo
Spätburgunder = nome da uva, a Pinot Noir
Trockenbeerenauslese = uvas selecionadas, secas e atacadas pelo fungo Botrytis
1976 = a safra, um grande ano para os vinhos alemães
J.B. Becker = nome do produtor
Rheingau = nome da região, o Vale do Reno)


Elaborado com uvas tintas Pinot Noir em branco, sem suas cascas. Cor âmbar, claro. No nariz é coeso e denso, com notas bastante doces destrudel de maçã, mel, passas, caramelo, amêndoas torradas. Paladar doce e ao mesmo tempo muito fresco, com ótima acidez e uma ponta de taninos que ajudam a equilibrar a doçura, formando um conjunto sublime. O rótulo diz, 11,91% de álcool. É menos exuberante que o Yquem e menos impactante no paladar que o Essencia, mas na boca é o mais equilibrado e com maior frescor.

Nota: 97 pontos

Agora só me resta pesquisar o valor de cada rótulo.


Beijo da Gu

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