Viver é Cervejar! Essa Paixão cheia de Histórias chamada CERVEJA!


Quem disse que só Café e Vinho me interessam?
O Papo de hoje é sobre CERVEJA! Isso mesmo. Você não leu errado.
Tenho amigos cervejeiros que gentilmente tentam me explicar as maravilhas do mundo da cevada, malte, lúpulo e outros ingredientes. 
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Conversa vai, conversa vem, intimei meu amigo"Joca"(publicitário, corinthiano, tomador de cerveja, atualmente a frente do Clube Cervejoca, promovendo cerveja artesanal em eventos, encontros e festivais.) a contar como começou essa paixão pela Cerveja, pois nas palavras dele : Viver é Cervejar!


Viver é cervejar !

"Há uns trinta anos atrás, quando a economia brasileira era mais fechada, eram poucas as marcas de cerveja importadas, disponíveis apenas em casas especializadas, a um preço inacessível para muitas pessoas.

Não só as cervejas como outros produtos.

A Apae, em São Paulo, realizava uma feira em que países convidados expunham e vendiam produtos típicos de cada um deles, isentos de taxa de importação e outros impostos, medida que tornava os preços atraentes.
Em um determinado ano, a Bélgica compareceu com suas cervejas. E eu descobri a Stella Artois. Um pouco antes, na mesma época, a Ambev havia adquirido a Antarctica e a DM9, agência responsável pela conta, criou e veiculou anúncios de uma página nos jornais, em que um escritor famoso discorria sobre sua experiência pessoal com cerveja. Jorge Amado escreveu sobre a Stella Artois, da qual eu nunca tinha ouvido falar e o texto ficou na minha cabeça, não integral e literalmente, é óbvio, mas era um texto limpo, claro e escrito com todo o talento de Jorge Amado.
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A marca também ficou na memória. O festival da Apae me permitiu comprar um six pack dela. Comprei outras também que não foram tão marcantes, incluindo uma que detestei, com um sabor azedo e cujo tipo não guardei e, mesmo que quisesse não guardaria, pois o rótulo estava todo escrito em um alemão absolutamente incompreensível para mim. Fiquei um bom tempo sem comprar cerveja com rótulos em alemão. Lembro que a primeira vez que bebi a Stella, tive impressão de que nunca havia tomado cerveja antes, que tudo que passou pelo meu paladar era qualquer coisa, menos cerveja, o sabor era realmente extraordinário.
Aliás, uma frase parecida com essa estava no texto de Jorge Amado, a diferença é que, além de escrever melhor do que eu, ele experimentou a cerveja em Bruxelas ou Paris e eu no alto da Lapa, por aqui mesmo, em São Paulo.
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Eu adorava uma Brahma, mas fiquei apaixonado pela outra, num caso que poderia ser chamado de adultério etílico. Como a feira da Apae era anual e durava apenas uma semana, tive que voltar, resignado, para a Brahma. Ainda bem que cervejas não guardam rancor.

Por falar na Brahma, pouca gente sabe que ela fabricava a Brahma Porter, apenas em garrafas de 300 ml, que eu costumava beber no inverno no bar do Seu Zé, na Vila Buarque, nos idos dos anos 1980. Um detalhe: ele iria parar de comprar a marca, porque ninguém bebia, mas por minha causa continuou a pedir e eu dava conta do recado, não sobrava uma. Para quem não sabe, Porters são cervejas que variam do marrom escuro ao preto, cremosas, de sabor mais amargo e alto teor alcoólico, com características de malte tostado ou levemente torrado e com pouco ou nenhum aroma de lúpulo.
Não sei exatamente quando a Brahma encerrou a fabricação da Porter no Brasil, mas ela continua a ser produzida no Chile e ainda ganhou a companhia da Stout, que é uma variação da Porter, razão pela qual estou pensando seriamente em me mudar para lá. E as garrafinhas de 300 ml, que recentemente voltaram ao mercado, eram chamadas de bojudinhas, vendidas com a nossa velha conhecida Pilsen nos bares e no Pacaembu ou no Morumbi em dia de jogos, elas vinham invariavelmente quentes e eram despejadas num copo plástico de uma forma nada elegante, mas divertida, pelos atendentes.
Era um tempo em que havia cerveja nos estádios, duas torcidas dividiam o espaço e a gente raramente via uma briga ou torcedor de um time querendo matar o outro.

Portanto a minha relação com a cerveja não é recente, pelo contrário, a cerveja faz parte de minha vida desde os 14 anos e um detalhe que merece ser destacado: nós nunca brigamos, um tipo de amor que deve durar a vida toda.
Este é o primeiro de uma série de textos que iremos escrever neste espaço gentilmente cedido pelo Papo da Gu, com histórias e curiosidades sobre cerveja, às vezes vinho ou café e outras coisas boas que costumam acompanhar essas bebidas e alegrar a nossa existência."

Joca ( Joaquim Campos)

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Beijo da Gu



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