Seria tão simples!
Afinal se não gostamos do Vinho que compramos, deletamos de nossa lista e de nossa adega.
Já as pessoas...
Tem dias em que eu paro para analisar o que está ali à minha volta, quem caminha junto, ou quase, o que ando valorizando, em quem costumo prestar mais atenção. Chego a me surpreender com o tanto de coisas e de pessoas que guardo comigo sem função alguma, o tanto de energia que costumo gastar à toa, sem razão, e o quanto coloco em segundo plano justamente quem deveria se aninhar em meu coração durante as vinte e quatro horas dos dias.
Não dá para sermos racionais o tempo todo, com todo mundo, ainda mais nesse ritmo alucinante que rege nossas vidas, porém, acabamos caindo no excesso oposto, absorvendo com prioridade tudo o que faz mal. Parece que as palavras mais rudes, os gestos mais mesquinhos, as atitudes menos decentes chegam até nós e não saem, ao passo que tudo o que envolve bondade e afetividade sincera passa rapidamente pela gente e vai embora.
E, quando a gente percebe que fica dando corda para quem não quer nada além de perturbar, para quem só sabe agredir, mesmo que com o olhar, para quem é maldoso, hipócrita e dissimulado, vem a impressão de que devemos ser muito bobos mesmo, ou temos a palavra trouxa estampada na testa. Não é possível que a gente vá sobreviver com mínima qualidade de vida, enquanto continuarmos dando ouvidos a quem só oferece desarmonia e desesperança.
Da mesma forma, caso nos prendamos somente ao que possuímos materialmente, caso nos prendamos às aparências, à necessidade de consumir, de ter mais e mais, de mostrar ao mundo que andamos de carro novo, moramos em condomínio de luxo, viajamos para hotéis nababescos, mais nos esqueceremos de alimentar as verdades imateriais de que se sustenta o nosso coração, a nossa essência. É assim que a gente se perde de quem importa e de nós mesmos.
Quem não sabe falar de outra coisa a não ser de dinheiro, investimentos, calorias e preenchimentos labiais, cansa demais a gente. E é exatamente esse tipo de pessoa que nos tornaremos, caso não consigamos nos afastar do apego exagerado aos bens e da atenção demasiada aos chatos de plantão. A gente entra em sintonia com aquilo que trazemos junto, com as energias em que focamos nossas forças, com os discursos que guardamos em nossos corações.
É preciso que, ao fim do dia, mantenhamos aqui dentro somente aquilo que nos tranquiliza e nos renova, ao som de uma boa música, degustando um bom vinho, degustando a vida, seja com alguém que valha a pena, seja com a nossa melhor companhia: nós mesmos.
Um brinde á vida e as pessoas do bem que nos cercam!
Beijo da Gu
Arquivo Pessoal / www.contioutra.com / Marcel Camargo
simples assim
ResponderExcluirExatamente
ExcluirÉ verdade, tem muita gente chata que numa conversa fala demais, esmiuça demais e quando tentamos falar, não nos ouvem e nos cortam - para impor sua opinião - que ainda não foi solicitada ou que nem pediríamos. Só falam de assuntos sérios, como os defeitos dos filhos ou dos irmãos, de futebol, doença, peças de automóveis, política e animais abandonados, sem nenhuma ilustração alegre ou até mesmo algo da cultura inútil, ou uma brincadeirinha infantil.... Esse tipo de gente não desgruda e encontram-nos em todos os lugares,até naqueles mais improváveis, e quando estão com seus "aliados" deixam-os num canto e se aproxima de nós com toda suas chaturas, e com o seus bom dia, boa tarde ou boa noite para mais uma vez nos atormentar. Procuro fugir de gente assim, mas infelizmente alguns temos que tolerar porque somos "obrigados" a conviver devido ao nosso trabalho ou por frequentarmos a mesma academia... e nem adianta mudar de horário que SEMPRE irão nos achar.... Negócio é não chorar pelo vinho derramado e abrir outra garrafa! kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirQue bom saber que pensamos de forma semelhante.Ser feliz é tão simples e as pessoas complicam tanto né? Excelente semana para você.Beijo da Gu
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