☕🎄 O Presente Proibido: Quando o Café Virou Música (E um Símbolo de Liberdade!)

O Natal está chegando, e com ele, aquele clima irresistível de especiarias, luzinhas piscando e, claro, uma xícara quentinha de café ou chá. Mas você consegue imaginar que houve uma época em que o seu amado café era considerado um vício imoral e subversivo?


Se você pensa que a briga de hoje é só entre coado e espresso, prepare-se para voltar ao século XVIII, na Alemanha.

A Cantata Antiproibição de Bach

O café era a bebida da moda, mas as autoridades — e os moralistas da época — o viam como uma ameaça à ordem familiar. O consumo era tido como um luxo que desviava as mulheres de seus deveres domésticos (olha a pressão social aí!). O debate era tão sério que acabou nas mãos de ninguém menos que Johann Sebastian Bach!

Sim, o mestre barroco trocou os hinos religiosos por uma divertida sátira, a "Cantata do Café" (BWV 211). A obra é um pequeno musical que conta a história de um pai, Schlendrian, que tenta desesperadamente convencer a filha, Liesgen, a largar o vício do café.

E o que a Liesgen responde?

"Ah! Quão doce o sabor do café! / Mais delicioso que mil beijos... / Se eu não puder tomar meu cafezinho três vezes ao dia, / Em minha angústia, me transformo em uma múmia ressecada!"

(Sim, a fonte está na música, e a Liesgen era super dramática e bem resolvida com a sua paixão!)

O Que Isso Tem a Ver com a Gente?

Assim como a Liesgen, que preferiu o prazer simples da sua xícara à ordem social imposta, a gente sabe que a vida é o que acontece entre a xícara de café e a taça de vinho.

A história de Bach e a Liesgen é um lembrete divertido: as pequenas escolhas — o que bebemos, o que gostamos, o tempo que dedicamos a nós mesmos — são, na verdade, atos de autonomia. Não precisamos de permissão para ter nossos rituais de autocuidado, seja com um café, um chá, ou um bom vinho, afinal, essas bebidas só precisam da sua própria companhia.

Neste Natal, celebre sua liberdade e seu ritual!

Gu Ferrari

Fonte/Referência: A história é inspirada na ópera cômica de Johann Sebastian Bach, "Schweigt stille, plaudert nicht" (BWV 211), conhecida como a "Cantata do Café" (c. 1734).

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