Para complementar salário, professora concursada, vira prostituta em SP


Você é do tipo que julga tudo?
Julga o próximo só porque o pecado dele (a) é diferente do seu?
Quando me deparei com essa notícia, apenas disse :
- Qual o motivo?
Fui ler em detalhes e apenas desejei que a "amiga" não tenha nenhum cliente maluco que lhe tire a saúde ou a vida, para que ela continue cuidando do seu filho.
E olha, dar aulas, corrigir trabalhos e provas, preparar conteúdo, cuidar da casa, do filho e ainda ter tempo para outra atividade? Que determinação né?
Segue a matéria.
 "Mãe solteira com um filho autista, Celina faz dupla jornada para complementar o salário de professora em SP

Durante o dia ela é professora em uma escola da rede estadual de ensino de São Paulo. À noite, trabalha como garota de programa na rua Augusta, uma das mais badaladas da capital paulista.
A dupla jornada de Celina (nome fictício) é para complementar a renda familiar.
“Ganho aproximadamente R$ 2 mil por mês. Não consigo manter a minha família. Sou mãe solteira com um filho autista, de seis anos. Tenho que pagar escola, plano de saúde e as contas da casa. O salário de professor é uma miséria”, diz Celine em entrevista ao jornalista Everton Menezes, do Yahoo! Notícias.

A jovem de 35 anos revela ainda que as duas realidades não se misturam. Na sala de aula, ela é linha dura com os alunos, de 15 a 18 anos. Não permite baderna e exige respeito no ambiente escolar.

Às vezes, fico muito cansada. Mesmo assim, nunca faltei ao trabalho. Sou uma mulher responsável”, diz. A professora, que é apaixonada pelo ofício, sabe que ensinar, no Brasil, é uma tarefa difícil. Para ela, além do baixo salário, o docente tem de enfrentar a falta de infraestrutura nas unidades de ensino e a violência, tão frequente na sala de aula.

Celine jamais vai esquecer a primeira vez que se prostituiu. Era uma quinta-feira de 2018. Ao receber o salário de professora, viu que o dinheiro não daria para cobrir as contas. Pensou uma, duas, três vezes. Até, finalmente, tomar a decisão. “Não tive medo nem pudor de ser prostituta. Se professor é profissão, por que puta não pode ser?, questionou. Não foi uma tarefa fácil. Depois da escola, a professora foi para casa. Tomou banho, vestiu a melhor roupa, usou um bom perfume e seguiu para um novo expediente.

Numa casa noturna, na Rua Augusta, ela pediu um drink, puxou conversa com o gerente e, logo, conseguiu os primeiros programas, que lhe renderam cerca de R$ 600. Celine prefere não dar detalhes de como foi a experiência nos quartos de um motel da região. Mas disse que, ao final daquela noite, entrou em um táxi e pediu um único destino: o seu lar. “Eu não estava arrependida. Tinha certeza do que faria a partir daquele instante. O único problema é que eu me sentia suja. Muito suja”, lembra.

Ao voltar para casa, correu para o banheiro e tomou um dos banhos mais longos da vida. Usou shampoo, sabonete – e até detergente. Pegou uma esponja para limpar o corpo. Esfregou a pele até sair sangue. Chorou em silêncio para não acordar os pais e o filho. Caminhou em direção ao quarto do menino, chegou pertinho e deu-lhe um beijo. Ali, a prostituta dava lugar à carinhosa mãe e professora. Agora, com identidade própria - sendo ela mesma."

Arquivo Pessoal /https://br.noticias.yahoo.com/

Beijo da Gu

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